sábado, 24 de julho de 2010

Roommates, uma relação de amor e ódio

Todos que leem o blog de verdade já devem saber que aqui no programas todos têm roommates (colega de quarto ou apartamento). Eu já escrevi um pouco sobre essa coisa de morar com pessoas "estranhas" em posts anteriores, mas hoje vou falar um pouco mais dessa relação de amor e ódio entre os roommates.
Durante o programa pré acadêmico eu tive uma roommate da Guatemala, fiquei muito amiga dela, nos demos SUPER bem. Temos muitas coisas em comum e tive a felicidade de reencontrá-la em Nova York em dezembro e matar a saudade da minha sister. No final do pré acadêmico ela foi fazer faculdade no Hawaii e eu fiquei por aqui para fazer a faculdade e tive como roommate uma guria da Nicarágua que também fez o pré acadêmico em Daytona.
Eu também me dei bem com essa roommate da Nicarágua, mas é claro que no início as coisas eram BEM mais fáceis, pois ela era MUITO mais participativa e nós estávamos naquela fase de adaptação, então é claro que queriamos fazer o possível pra viver um ano tranquilo sem muitos problemas. Faziamos TUDO (compras do mês, serviços de casa, cozinhávamos, faziamos compras, iamos para as festas e etc) juntas e até hoje somos as únicas que não tivemos que tornar as nossas desavenças públicas aos nossos coordenadores, pois resolvemos tudo com MUITA tolerância e conversa.
Depois de apenas 3 meses ela relaxou totalmente pois estava SEMPRE MUITO ocupada jogando os jogos do facebook e assistindo novelas mexicas (meu espanhol melhorou MUITO graças a isso, Paola Bracho... rsrs). E com o Vitor ao meu lado que é pelo menos umas 5X mais calmo e paciente que eu, eu aguentei ela esse tempo todo, ouvido o repertório dela diariamente:
-Tengo hambre (tô com fome)
-Que pereza (que preguiça)
-Me duele... (me dói...)
Confesso que já faz um BOM tempo que eu estou por aqui com ela e que não achei nem um pouco ruim ter uma semana de folga dela enquanto ela viajava na semana passada. Mas como o meu pai disso, isso é uma coisa passageira e provavelmente no futuro vou sentir "saudade" do repertório dela e das novelas mexicanas. Apesar das dificuldades tivemos bons momentos por aqui... Por isso estou fumando o cachimbo da paz, assim como meu pai e minha mãe sempre me aconselharam a fazer. Afinal de contas o que é mais uma semana pra quem aguentou um ano inteiro??? É melhor que digamos até logo ao fim desse programa sem estarmos de cara feia uma pra outra.
Seguem depoimentos de alguns Fulbrothers sobre seus roommates na nossa comunidade no orkut:

Jacy (roommate da Gana)
Minha roommate é uma figura... Ela é realmente uma figura, a Vanessa ta de prova..hoje ela colocou fogo na cozinha...um colega (Vitor) falou que por essas e outras só usa o microondas, mas com ela não dá...pq pense numas comidas estranha...uma vez eu gravei tanto a comida dela como a forma que ela se alimentava, uma gororoba que puxava com a mão (sem talher) e comia...muito louco,...fora q tem dia q ela tá as mil maravilhas ...outros dias ela tá tão estressada q parece q vai me atropelar se eu abrir a minha boca....é osso.......essa vida de roomate kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
A vida dela é resumida aos livros e ao computador dela..então até nas horas livres ela usa o computador pra se distrair...costuma assistir uns filmes e uns programas de comedia no youtube,, ela particpipa de todos, igual aos torcedores brasileiros...conversa com os personagens....sorri muuuuuuuuuuuuuuiiito alto e fika indignada com o q acontece nos filmes so falta quebrar o notebook hahahaha eu fico só rindo as escondidas....
Xori (roommate do Brasil/Rodrigo)
Meu roommate... Rodrigo :)
Bom, eu moro com um Brasileiro, o Rodrigo(RS) que a maioria conhece.
Rodrigo é um cara tranquilo, garotinho juvenil criado a leite com pêra. Quando chegou aqui nunca tinha fritado um ovo na vida... Hoje consegue fritar seus ovinhos e sua salsisha sem fazer o alarme de incêndio tocar. Um grande avanço não? :)
Também aprendeu a lavar louça e já não usa somente a lava-louça.
Outro avanço foi que essa semana ele acordou sozinho! Sem eu ter que acordá-lo para ir pra aula hauhauhua
O rapaz está mudando e é o orgulho do pai (eu!) hahaha
Cara maneiro, divertido, descontraido, alegre, sensível, enfim, tudo que compõe um belo Pelotense!
Ah! Ele também da um show na Batera no Guitar Hero! hahahaha
Rodrigo (roommate do Brasil/Xori)
Bom, como todos agora sabem eu vivo com o André. Viver com o André é muito trânquilo, ele passa boa parte do tempo no computador fazendo as coisas de faculdade e dinheiro (sim, DINHEIRO) hahaha. Por ele ser mais velho que eu (ele tem 25 e eu 20) ele está me ensinando todos os conhecimentos Jedi que preciso para viver sozinho e longe da minha família (até porque ele ja morou fora duas vezes). Ja me ensinou como fritar um ovo sem tocar o alarme de incêncio, toda vez que to cozinhando pergunto pra ele se ta pronto e por ai vai. Ele sonha com o dia que eu vou passar uma semana acordando cedo eahuaehuaheu
A gente tem um relacionamento muito feliz e bonito aqui na terra do milho. Ele é cara legal, muito engraçado, prestativo, fanático pelo Vasco (coitado), bêbado e meu motorista particular :)
Karlena (roommate Americana)
asopaskaopksoaksas
cara, vcs podem até perguntar pro diego, minha roommate é louca de pedra! :P
cara, ela eh mto doida... tipo, ela sai mostrando a bunda dela pela janela pros egipicos, fica pegando no "pacote" de uns pakistanes que tem aki, bebe que nem o cão, qndo me ve a 500 kilometros de distância grita meu nome... ela adora atentar os egipicos... ela tem uma chave universal dos banheiros dos apartamentos, entao um deles tava tomando banho e então ela abriu a porta e se enfio no banheiro com o egipcio.. kkkkkkk
ele me contando q ficou aterrorizado com ela no banheiro com ele qrendo tirar a virgindade dele! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ontem, ela tava experimentando a fantasia de halloween dela, uma fadinha bitch e saiu mostrando p todo mundo! :p
mas tirando isso, ela eh uma boa pessoa, me da comida, me leva pra farra, e me ajuda com o inglês...
ah, mas tbm ela eh uma porkinha, viu, não limpa nada... eu tô qse mudando de ap!
Karlena (agora sobre outra roommate)
ow gnt, eu tenho q contar isso, q merda...
eu to com karma p roommate q corta pro outro lado, se é q vcs me entendem :x
primeiro uma menina da costa rica, mas ela eh de boa (quando tá sobria) :x
e agora uma outra guria q eu ainda nao falei com ela, mas ja ouvi coisas bizarras...
ontem uma menina meio "buntch" entrou no ap e foi pro quarto dela, e eu voltei pro meu quarto. Só que meu quarto é ao lado do dela, entao de repente, a musica de lá aumenta e 10 min depois eu comeco a ouvir gemidos (mesmo com a musica alta)... e eu fiquei: =O
Breno (roommates do Egito)
Meus roomantes sao tranquilos.
3 egipicios, cada um mais normal que o outro.
Eu agradeço a eles por não usar alarme pois todo santo dia O ALARME DO INCÊNDIO TOCA NO MINIMO 2 VEZES ME ACORDANDO.
Eu agradeço a eles por serem mais religiosos. Minha mãe sempre sonhou que eu fosse pra igreja todo os dias. Um dos meus roomates eh CRISTÃO FERVOROSO. Todo santo dia ele traz todos os católiticos ( do programa e de fora ) pra fazer da sala uma missa. Ficam rezando em arabe, coisa de doido.
Agradeço a eles pelas dicas de higiene e comida. Meu roommate, quando cheguei no ap, costumava lavar as CUECAS E MEIAS na pia da cozinha, acho que vem dai aquele sabor especial da culinária exótica das areias.
Agradeço pela economia. O ar que respiro aqui eh FREE, Mas o tanto que gasto por mês de bom ar dava pra visitar vcs tudinho.
Eh isso ae gente, cada um no seu quadrado aeheaheaheahe
E viva a experiência internacional aheheahea
Leonardo (roommate do Egito)
Ai, ai
Nossa inveja boa desses rapazes e moças que construiram e constroem uma relação bonita com seus roommates. Eu não tive a mesma sorte. Meu roommate sequer fala comigo. Do Egito ele. No começo tudo de boa, nossa relação era maravilhosa, e ele me ensinou a cozinhar macarrão, porque eu nao sabia cozinhar nada antes de vir pra ca! Fiz progressos, Jaciara e Vanessa que o digam! Hoje já sei fazer além do macarrão, frango, sopas, carnes, pures, e uma sorte de coisas que tento e incrivelmente dão certo! Nessas horas que orgulho do nosso jeitinho brasileiro! Enfim, eu fiz muitos amigos aqui, especialmente americanos! E lógico, amigos visitam com frequência... ai meu roommate comecou a reclamar de os meninos virem aqui, e de boa cara, eu nunca fiz baderna, ou nada que excedesse o limite do tolerável. Reconheço que algumas vezes talvez eu tenha tomado demais o espaço pra mim, mas penso que viver também eh tolerar. Nunca reclamei dos pentelhos que ele deixa na pia por exemplo, nunca reclamei de limpar a casa praticamente só. Ele foi fofocar pro nosso advisor, e agora eu tenho um ridículo schedule para receber pessoas aqui. E ele foi o primeiro a quebrar o schedule, diga-se! Reclamava que não tinha um ambiente tranquilo pra estudar! Agora ele tem e continua sendo um completo ausente! Porra, recebo os meus amigos no meu quarto, porque ele tem que se importar? Segunda brigamos de novo! Ele teve a audácia de bater na minha porta meia noite e meia pra me perguntar porque eu não o avisei que meu amigo iria passar a noite comigo. Detalhe: ele só soube que o cara veio, porque estava do lado de fora... Veio me mostrar o schedule e eu disse: fuck this schedule! Ainda por cima eh todo falso moralista! Fiz uma placa no outro dia e colei na porta do meu quarto:
WARNING: ARE YOU MY FRIEND? IS THE ANSWER "NO"? SO YOU GET THE HELL AWAY FROM MY DOOR! JUST MY FRIENDS CAN KNOCK IT! Enfim, vi ele fotografando a plaquinha, deve mostrar ao nosso advisor esses dias... mas quem disse que eu ligo???
É, talvez eu não tenha tido tanto azar assim com a minha roommate... rsrs

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Patinando no gelo


Hoje fui patinar no gelo com a Jacy, sua mentora (Joy) e a neta dela (Taylor).
Patinação no gelo é uma atividade que eu deveria ter realizado em Nova York, Washington DC ou em Baltimore, onde existe gelo natural... mas acontece que todas as filas estavam enormes e eu não tinha todo o tempo do mundo para desperdiçar em filas gigantescas.
Mas graças a tecnologia, é possível patinar no "gelo" em pleno verão da Flórida (onde faz mais calor que a minha cidade natal essa época do ano-sem exageros).
Foi super divertido, lembrei da época em que patinava com meu irmão Fábio, pela praça Ayrton Senna, Parque Anauá, varanda da minha casa ou na rua com os vizinhos... bons tempos... mas isso foi há mais de 10 anos atrás (isso me faz pensar que estou de fato começando a envelhecer... rsrs).
Então, como faz algum tempo que já não patino, levei alguns minutos para me reacostumar e pegar o equilíbrio necessário. Isso resultou em dois tombos... Mas tudo bem, não quebrei nenhuma perna e minhas mãos não congelaram ao tocar ao chão. E depois disso, foi só diversão.
A vantagem de patinar no gelo é que ao cairmos não corremos o risco de ficar com alguma parte do corpo ralada e você precisa se esforçar MUITO pra conseguir suar a camisa.
Saindo da área de patinação, voltando para a Flórida em natura, senti uma leve dor de cabeça por causa do choque térmico e a minha câmera ficou com a lente totalmente embassada e levou alguns minutos para voltar ao normal.
Enfim, valeu a experiência. As fotos e vídeo exclusivo do meu tombo estarão disponíveis para a minha e amigos em breve.... hahhahaha
Até a próxima queridos leitores.
=)

sexta-feira, 16 de julho de 2010

CCID Love


Hoje falarei um pouco sobre o amor... (suspiros) rsrs
Quem já assistiu algum programa de reality show sabe que mais cedo ou mais tarde algum dos integrantes vai acabar se envolvendo, se apaixonando ou mesmo ficar doente de amor por algum outro (a) participante. Por mais que o programa dure apenas um mês, dois ou três.
Então vocês já podem imaginar o que acontece em um programa de 14 meses... amores platônicos, rolos, namoros e até casamento... rsrs
De uma certa forma esse programa se compara com um reality show, pois convivemos com 20 pessoas que nunca vimos na vida por dois meses, 24 horas por dia durante o programa pré acadêmico. A única diferença é que não temos as câmeras registrando cada passo e conversa. E dessa forma, nossas famílias e amigos só ficam sabendo daquilo que queremos que saibam. E é nessa parte que MUITOS aproveitam pra deitar e rolar (os egípcios hipócritas que o digam).
Quando acaba o programa pré acadêmico vivemos por 1 ano com 16 pessoas do programa em um complexo, duas pessoas por apartamento. Mas ainda assim, não temos muita privacidade, pq com essa coisa de ser vizinho, mais cedo ou mais tarde os participantes se dão conta do que cada um anda fazendo.
Exemplificando as coisas.... Durante a minha primeira semana de pré acadêmico, um garoto da África do Sul me perguntou se eu tinha namorado, eu disse que não. Ai ele me perguntou se eu já tinha pensado em namorar alguém de outro país e eu respondi que não mais uma vez... aí ele disse: -Pense nisso. ( me acabei de rir). Passou um tempo, descobrimos que essa mesma pessoa tinha uma namorada que na veradade era noiva e o filho dele com a noiva nasceu em novembro de 2009.
Um Paquistanês casado e com dois filhos até hoje se diz apaixonado por mim, que quer comprar uma casa no Brasil e tudo. (Pode???). Eu já disse pra ele que ele deve amar a mulher e os filhos. E ele ainda ficou revoltado ao saber que eu tenho um namorado... kkk
Eu sempre disse que sou uma pessoa aberta para conhecer outras culturas e tudo mais, mas aqui descobri que isso exclui relações amorosas, descobri que as coisas podem variar MUITO de acordo com o país de origem de cada um. E eu de fato não gosto dedividir, imagina só, estar com alguém que já tem esposa e filhos... isso está COMPLETAMENTE fora dos meus planos.
Essa questão de cultura é muito forte, continuo interessada em aprender outros idiomas, provar novas comidas típicas, conhecer outros lugares, e aprender mais sobre a história de cada uma dessas culturas mundo a fora, mas é só isso. Sou bem feliz com o meu namorado também brasileiro, sem choques culturais.
Aqui no programa, muitos egípcios fazem o que querem, curtem muito e depois quando voltam para a terrinha, dizem que odiaram tudo aqui e que se comportaram como anjos e depois de um mês mais ou menos arranjam alguma egípcia que provavelmente já estava prometida e se casam. Tem também os egípcios mais malucos que arranjam americanas aqui e se casam pra pegar o green card. Por isso, esse ano deram uma boa cortada nas bolsas destinadas a eles. Não digo que todos usam as americanas (0s), claro que ainda existe o amor verdadeiro (sim, continuo acreditando no amor).
Mas aqui no programa também temos bons exemplos... :)
Os participantes que namoram com pessoas do mesmo país, tendem a ter relações mais sérias e duradouras... Uma guria que morava no meu ap antes de mim esta noiva de outro CCID e tem também um outro casal de CCID's que está namorando firme e forte.
Tem também aquelas pessoas que já vieram pra cá tendo namorado e se comportaram muito bem e após o retorno disseram que a distância serviu pra fortalecer a relação. Lindo não?
Beijos para o meu namorado Vitor Belucci e viva o amor!!!
<>

sábado, 10 de julho de 2010

Indiana por um dia


Ontem (09 de julho de 2010), Jaciara e eu tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a cultura indiana graças a nossa amiga Ferrah.
A princípio o plano era apenas aprender a colocar o Sari (roupa tradicional da Índia, que é constituído de uma longa peça de pano que envolve todo o corpo. São utilizados cerca de 6 metros de tecido todo trabalhado a mão). Mas como a Jaciara foi convidada para a abertura de um restaurante da cidade e tinha direito a 3 convidados (Ferrah, eu e Leonardo-mas o Leo não estava usando roupa de indiano), fomos para o restaurante usando o traje típico da Índia.
A produção foi SUPER longa... Nossa, que trabalho enrrolar todo esse pano no corpo de forma perfeita. Jaciara e eu fizemos um vídeo na casa dela de quase meia hora, sendo que no fim desse vídeo a nossa produção ainda estava longe de chegar ao fim.
Primeiro temos que colocar uma saia feita de um pano grosso e que deve ser amarrada bem forte na cintura, pois essa saia é que da a sustentação ao Sari.
Em cima é utilizado um top que deve ser bem justo ao corpo. Tem que ser um top, pois o Sari deixa em evidência uma pequena parte das costas e um pouco barriga (por isso a Ferrah disse que o sari é uma das roupas típicas mais sexy do mundo).
Depois da saia e top, é a hora de colocar o Sari, primeiro você dá várias voltas na altura da cintura e em seguida coloca por dentro da saia. Deve-se deixar um longo pedaço de pano sobrando pois é necessário fazer umas dobras para que fique com os detalhes na saia. A outra parte que sobra do tecido deve ser passada por cima do ombro esquerdo e preso no top com um alfinte. A útma parte do tecido (que é a parte mais trabalhada e com mais brilho) deve ficar solta nas costas ou deve ser segurada com o braço esquerdo, para mostrar todo o charme o Sari.
Aqui nos Estados Unidos as pessoas não ligam para o tipo de roupa que você usa, seja lá o que for vai ser sempre visto naturalmente. Coisa que não acontece ainda no Brasil, pois caso saíssemos assim pela rua, seríamos o centro das atenções.
No restaurante, o garçom que estava responsável pela nossa mesa acreditou que éramos todas indianas (tudo bem que ele acreditasse na Jacy, mas eu... com esse cabelo, olhos e pela clara, não tem nada a ver. Sem contar que o nosso sotaque não é de Indiano, pois todos eles tem o 'R' BEM carregado na pronúncia). Enfim, por essas e outras que muitos dizem que os americanos não têm noção geral da cultura mundial.
No fim do jantar eu já estava sentindo uma baita dor na cintura graças aquela saia SUPER apertada (mas creio que esse seja o segredo da cintura de violão das indianas, pois usar essa saia apertada a cintura com frequência deve de fato fazer efeito).
De acordo com a Ferrah, hoje em dia o Sari não é mais utilizado com tanta frequência, apenas em ocasiões especiais. Ela disse também que o Sari era muito utilizado na geração da avó dela e que ela mesmo só tinha utilizado um 5 vezes em toda sua vida (ela tem 21 anos). Pois, hoje em dia eles se vestem da maneira que nós estamos acostumados de ver (excluindo as roupas curtas e decotes) e isso vale principalmente para as indianas e indianos que moram nos Estados Unidos. Pois de uma forma ou de outra os que ainda moram na Índia acabam sendo mais tradicionais.
Ferrah se mudou para os Estados Unidos ainda quando criança, morava no estado de Nova York e se mudou para Daytona há pouco tempo.
* Foto tirada na faculdade, quando paramos pro Leo pegar dinheiro no caixa eletrônico.
Eu, Ferrah e Jaciara.

domingo, 4 de julho de 2010

Aprendendo a Surfar


Ontem dia 03 de julho de 2010, tive a minha primeira aula de surf. Como moro em um estado onde não tem mar, fica meio difícil saber alguma coisa de surf... Claro que já visitei outros estados Brasileiros com praia, mas não dava pra simplesmente chegar para uma pessoa estranha e falar: - Oi, você pode me dar uma aulinha?
Então na semana passada fui à praia com uma das minhas chefas fazer umas fotos e uns vídeos para o site da CVB daqui de Daytona Beach e ela disse pra mim que surfava e que sempre leva os filhos dela para surfar junto com ela. Então eu disse que achava interessante, mas que nunca tinha tentado. E ela super gentil me convidou para "surfar"com ela ontem.
Os filhos dela não estavam presentes pois era o dia deles ficarem com o pai. Então com a minha chefa estavam as suas amigas de 50 e poucos anos e mais dois amigos da mesma faixa etária. Preciso dizer que as pessoas de meia idade aqui são super ativas e independentes. As vezes independentes além da conta. Mas voltando para a aula de surf...
Meu primeiro desafio foi carregar uma prancha de verdade. Além de ser super pesada, era bem larga e eu mal conseguia abraça-la.
Desafio número dois, se acostumar com aquela corda amarrada no pé que me assustou pelo menos umas 3 vezes... rsrs
E último desafio foi surfar de fato. Nossa, eu nunca tinha tomado tanto caldo na minha vida... rsrs. Mas depois de uma hora eu já conseguia subir na prancha e tentava ao máximo manter o equilíbrio do meu corpo.
Fomos pra praia às 9:00 h e ficamos na água até as 12:00 h, nesse tempo todo eu só consegui "surfar" 3 vezes, mas acho que ta bom para a primeira aula. Nossa, quando peguei de fato a primeira onda, eu senti uma sensação muito boa... mas claro que essa sensação boa se foi quando cheguei perto da faixa de areia bolando... hahhaha Mas nas outras duas vezes deu tudo certinho, não saí bolando no final. (Isso é um grande avanço).
Depois da aula de surf, minha chefa, seus colegas e eu fomos para um barzinho pra conversar um pouco e tomar alguma coisa que não tivesse sal. Foi super bacana, todos eram extremamente simpáticos e curiosos (queriam saber de tudo sobre mim e a Amazônia).
Neste exato momento, sinto dor pelo corpo inteiro... Essa vida de surfista não é nada fácil... rsrs (e a minha chefa me chamou pra ir de novo semana que vem... vamos lá, quem sabe eu não vire uma profissional daí já estarei pronta para surfar na Pororoca quando for vistar o Pará).
Agora vou indo pra Main Street, hoje é 4 de julho e está tendo comemoração por lá. Talvez eu escreva sobre isso novamente caso tenha alguma coisa diferente pra contar dessa vez.
Beijos pessoas. :*
* A foto é pra mostrar como a praia estava ontem... mas até que a água não estava fria.
E é claro que eu não estou nessa foto.