Continuando o post passado... Depois do meu cochilo de duas horinhase 5 minutinhos eu acordei, me despedi de alguns outros bolsistas que foram embora para o aeroporto um pouquinho antes de mim, me despedi do apartamento 136 (foi triste, mas nada que se compare com a despedida do apartamento 139), me arrumei e fui checar pela última vez o quarto e o ap, daí descubri que esqueci de esvaziar uma gaveta que tinha coisas importantes e que estavam sendo usadas nos últimos dias... aí pronto fiquei louca, mais coisa pra colocar na mala, mas deu tudo certo (até eu chegar no aeroporto e pesar as malas com uma balança decente, no aeroporto tive que fazer umas trocas de objetos e coisas entre as minhas malas para que todas ficassem com o peso máximo permitido). Isso pq dois dias antes o nosso coordenador foi no nosso ap pra pesar as malas e de acordo com a balança dele eu ainda podia colocar mais coisas em cada mala.
Depois disso fiquei pelo menos meia hora com a atendente pq ela estava insistindo comigo dizendo que o meu destino final era Brasília... Imagina só chegar lá e ter que pagar mais uma vez a mala extra dos meus livro... Não mesmo. E por fim meu último probleminha, queriam que eu pagasse 200 dólares pela mala extra, mas como eu já fui preparada para isso e tinha os valores do site impressos, mostrei a eles que mala extra para o Brasil custa 75 dólares. É incrível como existem funcionários mal informados ou intencionados... Mas por sorte eu já estava preparada para isso.
Finalmente toda a parte prática foi resolvida, era hora de dar tchau... lá estavam os coordenadores (Mr. Brady e Vida), novos CCID´s de Daytona (Felipe, Fernado e Edgard) e alguns amigos (Mike, Hernany, Sasha, Alice, Steve, Bruno e acho que só). Chorei claro, não tanto quanto quando saí de Boa Vista há 14 meses atrás, pois como já disse aqui, sou uma baita de uma chorona. Impossível não se sentir triste ao sair do lugar onde você foi foi feliz, realizou sonhos e pior ainda é saber que não há previsão para reencontrar todas essas pessoas de uma só vez.
Rapidamente o choro foi substituído pela atenção que foi dada a parte prática da coisa mais uma vez (tirar o casaco, cinto, sapatos e bolsa e passar pela segunça para depois colocar tudo de volta da um trabalhão).
O vôo de Daytona para Atlanta durou apenas uma hora, e chegando lá me despedi rapidamente da Ella, Pablo, Fortune, Bongani e Jacinta rapidamente pois cada um deveria seguir seu caminho a partir dali. Leonardo e Jaciara permareceram comigo até Brasília. =)
Passamos algumas horas no aeroporto de Atlanta onde o Leonardo encontrou uma americana barraqueira só pra variar (não sei pq essas coisas sempre sobram pra ele tadinho rsrs). Mas também encontramos alguns americanos gente boa (adolescentes que estavam indo para o Brasil fazer intercâmbio, morar um ano fora assim como nós fizemos, mas eles com o objetivo de aprimorar o Português). Interessante foi ver ver uma dessas moças no aeroprto de Braília tentando falar com uma atendente que não sabia falar Inglês, a atendente olhou pra mim e pediu minha ajuda já que eu cheguei no mesmo vôo e viu que eu sei falar Inglês, eu poderia ter ajudado, mas aí já atrapalharia o primeiro contato dessa americana com a língua portuguesa no nosso Brasil e só disse a atendente que ela poderia falar Português pois a moça entendia tudo e pasmem, ela entendeu tudo mesmo. A atendente disse no final: racha a minha cara de vergonha... Pois é, ainda existe bastante gente por aí que deve buscar mais qualificação para não passar por situações como essa.
Outra coisa interessante, no vôo de Atlanta para Brasília sentei ao lado de dois Brasileiros. Uma era uma senhora que mora em Brasília e estava viajando com a família (esposo e dois filhos menores de 10 anos). Ela contou que viaja para os Estados Unidos com a família todos os anos para passear e vistar o irmão que mora na Califórnia. Ela não fala Inglês fluente mas se vira MUITO bem. A outra pessoa que sentou ao meu lado era um homem de Goiania que foi para os Estados Unidos para trabalhar, tinha um visto de 3 anos mas acabou ficando por 8 anos (ilegal claro). Na hora do lanche ele não sabia como pedir um suco de laranja e teve MUITA dificuldade para preencher os papéis da imigração. Me pergunto COMO essa pessoa viveu nos EUA por 8 anos??? Ta aí uma coisa que eu não faço mesmo, morar ilegal em algum lugar e ter que ficar me escondendo e me submetendo a coisas ruins para continuar na ilegalidade sem maiores problemas. Claro que depois de 1 ano e dois meses eu ainda tenho muito a aprender, afinal, ninguém NUNCA vai saber tudo. Mas é realmente muito triste não saber sequer pedir um suco de laranja em Inglês depois de morar por 8 anos nos Estados Unidos.
Em Brasília disse até logo aos meus amigos Leonardo e Jaciara, espero mesmo me encontrar com eles muito em breve.
Cheguei no aeroporto de Boa Vista sem grandes problemas no meu ouvido que sempre me incomodavam muito em viagens longas. Mas em compensação eu estava acabada devido os últimos dias de saidera com os amigos, estresse em arrumar tudo e claro a viagem em si que durou 25 horas ao total, de Daytona Beach até Boa Vista entre vôos e horas de espera em aeroportos.
Agradeço as pessoas me que ajudaram nos aviões com a minha mala de mão que estavam pesada ao extremo... rsrs MUITO obrigada mesmo.
Por hoje é só pessoas, beijo e boa noite.
MBV, beijo de boa boite. =*
4 comentários:
Posso falar??!?!
Não parece 14 meses e sim mais tempo!!!
Você está voltando mais com tanta história pra contar, quero um tempinho pra saber de tudo!!! kkkkkkkk
Seja bem-vinda de volta querida van! ;)
Beijos enormes
oi vanny!
nossa, cada um né? nao imagino 8 anos nos estados unidos sem saber falar ingles! meu deus..
e esse negocio de mala eu tbm passei qnd fui pra buenos aires, foi um mico no aeroporto eu tenho que tirar tudo das malas e botar na mochila e jogar coisas fora, kkkkkkkk
faz parte!
Que bom que vc ja ta voltando! tenho certeza que essa experiência foi decisiva em sua vida! tudo de bom em sua volta ;)
http://refemdarotina.blogspot.com
Shayla, qulquer dia desses agente se esbarra por aí. Daí te conto algumas das histórias que não podem ser publicadas... hahhaha
Julie, pior que tem muita gente que vive ilegal por aí e tem que ficar se escondendo. E dessa forma acaba se privando de coisas básicas como aprender o idioma local para a própria sobrevivência.
Iuri, muito obrigada e de fato essa experiência foi decisiva para mim de várias formas.
Um abraço meus amigos =)
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